segunda-feira, 20 de fevereiro de 2012

Como atrair e reter talentos de TI

Consultores dão quatro dicas que devem ser levadas em consideração pelos departamentos de RH para aumentar a satisfação dos profissionais da área.


Melhorar o salário, oferecer mais flexibilidades e prêmios atraentes são as principais formulas para manter nos quadros de TI talentos certos para atender às necessidades dos negócios da companhia. Porém, no Brasil, onde há escassez de mão de obra qualificada, e em outros mercados como Estados Unidos e países da Europa afetados pela desaceleração da economia, atrair e reter os bons profissionais se tornou um desafio para as empresas do setor.



Geralmente a contratação de novos profissionais parece simples. As companhias precisam oferecer propostas mais atraentes doque eles tinham no antigo emprego. Mas o assunto se torna mais complicado quando se fala de reter os que já fazem parte do time da empresa. Os bons mesmo são assediados constatemente pela concorrência e o seu talento precisa ser blindado.

No Brasil, essa situação vem ocorrendo com mais frequência por conta da aceleração da economia e pelo fato de a demanda por profissionais ser maior que a oferta no mercado. Um estudo recente sobre o mercado de trabalho no setor realizado pela Associação das Empresas de Tecnologia da Informação e Comunicação (Brasscom) estima que o País fechou 2011 com déficit de 92 mil especialistas de TI. 

Como o mercado de TI no Brasil vem crescendo mais que 10% ao ano, taxa que é dobro do índice mundial, o levantamento da Brasscom prevê que até 2014 o País precisará capacitar mais 78 mil novos talentos, o que pode aumentar mais ainda o déficit de mão de obra no setor.

A mesma pesquisa aponta ainda que as universidades brasileiras não conseguirão atender nem a metade dessa demanda. Com base no número de estudantes matriculados nos cursos do setor, a entidade prevê que apenas 33 mil jovens se formarão nos próximos três anos, o que demonstra que a iniciativa privada e pública têm um papel fundamental no processo de desenvolvimento dos talentos de TI.

Como a procura por profissionais bons se tornou uma operação de guerra para as companhias do setor, convencer aos atuais colaboradores de que eles pertencem à empresa que trabalha é essencial para retê-los e mantê-los satisfeitos.

A Computerworld dos Estados Unidos elaborou juntamente com especialistas internacionais algumas recomendações que os diretores de recursos humanos devem levar em conta para manter em seus quadros os bons talentos.



1- Salário compatível 

Pagar salário compatível com a função exercida pelo profissional e valorizá-lo é algo essencial para aumentar o seu nível de satisfação. É óbvio que seu empregado ficará tentado a mudar de emprego ao receber proposta mais atraentes. 

As empresas estão competindo pelos bons talentos e criando uma bolha para acabar a insatisfação deles, oferecendo salários às vezes até exorbitante. No Brasil, por exemplo, estudos de consultorias apontam que os salários inflacionaram em 2011 e alguns especialistas alcançaram  taxas de aumento de até 20%, segundo a empresa Robert Half.
Porém, os especialistas advertem que, embora a maioria dos empregados coloque o salário no topo da sua escala de prioridades, muitos somam os redimentos com ganhos de outros benefícios, tais como possibilidade de trabalhar em casa e jornada mais flexível para terem mais qualidade de vida. Alguns estão buscando o equilíbrio entre vida pessoal e profissional para terem mais tempo para a família, lazer e estudos que aprimorem sua carreira.  

2- Flexibilidade e recompensas

Como já mencionado, o salário não é atualmente o único fator para retenção de talentos. Estudos da empresa PeopleBank do Reino Unido, especializada em recutamento de pessoal, iconstata que esse item está entre a quinto e oitava preocupação dos trabalhadores. Ou seja, as empresas devem adotar planos consistentes para gratificar seus empregados. 

Oferecer coisas simples, como acesso aos recursos da infraestrutura para que os colaboradores possam realizar suas tarefas sem esforço ou trabalho em equipe são essenciais para tornar a empresa atraente aos olhos de um talento de TIC. 

A possibilidade de trabalhar em casa está ganhando uma importância maior para os trabalhadores do setor, obrigando as companhias a analisarem essa tendência de acordo com as regulamentações. Recentemente, o Brasil aprovou uma lei que garante aos profissonais remotos os mesmos direitos dos que trabalham nas empresas. 

3- Uso de mídias sociais

Nos últimos anos, mídias sociais como LinkedIn, Facebook e Twitter se tornaram ferramentas importantes para atrair e reter os talentos mais valiosos da organização. Este tipo de rede permite também que a empresa saiba se a cultura organizacional é a mesma da dos seus empregados, bem como detalhes da sua personalidade e habilidades potenciais. 

Além disso, o uso de redes sociais no processo e recrutamento de pessoal mostra o interesse da empresa em inovação e também o quanto ela está disposta a analisar o inconformismo de seus empregados.

4 - Formação e desenvolvimento profissional

Os funcionários estão cada vez mais exigentes. Eles esperam que a empresa tenha um programa de educação continuada que permita melhorar suas habilidades e manter-se atualizados sobre as últimas tendências, já que no mundo de TI as tecnologias mudam muito rapidamente. 

Uma forma de reter talento é oferecer oportunidade para que seus colaboradores não fiquem obsoletos, incentivando o seu desenvolvimento profissional. É importante apoiá-los no aprimoramento de sua carreira. Esse caminho, segundo os especialistas, ajuda a resolver qualquer dissonância que pode evitar males maiores que afetam a condução dos negócios da empresa.

*Da Computerworld Brasil 

terça-feira, 14 de fevereiro de 2012

5 desenvolvedores de software que sua empresa precisa ter

Toda corporação que já investe em mobilidade e pensa em migrar algumas aplicaçãoes para a nuvem, um dia vai lamentar não ter um profissional dedicado para essa atividade na equipe de TI.



Codificações rotineiras e manutenção de código são funções cada vez mais desvalorizadas e facilmente terceirizadas. Os desenvolvedores que desejam manter uma vantagem no mercado de trabalho de hoje precisam se especializar. Aqui estão cinco exemplos de áreas de habilidades especializadas que vão experimentar um crescimento rápido nos próximos anos. Todas endereçam tecnologias estratégicas para as empresas. Por isso, não se espante se você desejar ter um deles no time de TI.
Desenvolver móvel cross-plataforma
O mercado de sistemas operacionais de smartphones é muito mais fragmentado do que o mercado de PC e provavelmente continuará assim por muitos anos. Com a consumerização
, é muito provável que sua empresa já esteja sendo obrigada a lidar com diferentes plataformas móveis e modelos de aparelhos, com recursos e funções diversas.

O truque é saber como acessar as APIs que permitam acesso aos recursos comuns, independentemente da plataforma usada. Isso não é fácil quando cada plataforma faz você escrever aplicações em uma linguagem de programação diferente, usando um conjunto diferente de ferramentas. Mesmo baseados em HTML, as aplicações móveis precisarão de ajustes de interface de usuário consideráveis.
É claro que os fornecedores de ferramentas móveis devem fazer mais para ajudar a facilitar o desenvolvimento de APPs multi-plataforma. Até que isso aconteça, os desenvolvedores que investirem tempo para tornarem-se versados em dois ou mais ecossistemas móveis vão ser altamente demandados.
2. Mainframe/especialista em integração à nuvem
Plataformas de computação em nuvem incluem toda a sorte de aplicações web. Eles estão ganhando espaço, em pequenas empresas e departamentos de grandes empresa, também. Mas para outros segmentos de mercado, incluindo grandes varejistas, finanças, banco, seguros e telecomunicações, entre outros - o mainframe ainda é rei. Isso não quer dizer que esse tipo de organização não esteja interessada ​​em computação em nuvem. Ela está. Mas esperar que migra suas aplicações críticas do mainframe para a nuvem não é realista.
Acontece que, em alguns aspectos, plataformas de computação em nuvemmultitenant são muito parecidas com os ambientes de mainframetimeshared do passado. Em outros aspectos, eles são muito diferentes. Isso representa uma oportunidade significativa para os desenvolvedores, que podem transitar nos dois mundos.
Desenvolvedores de mainframe tradicionais estão se tornando uma raça rara. Os desenvolvedores que falam Java e Cobol, ou quem sabem lidar com as bases de dados do mainframe e os sistemas de armazenamento em nuvem, da mesma forma, praticamente inexistem - mas as empresas vão começar a procurar por eles. Preencher esse nicho será de extrema importância.
3. Engenheiro de migração para a nuvem
As empresas que estão investindo pesadamente na nuvem enfrentarm um problema diferente daquelas que ainda estão aderindo caos mainframes. Mainframes são uma tecnologia madura, enquanto que as plataformas em nuvem ainda estão em sua infância. A Amazon Web Services, sem dúvida a plataforma de nuvem de uso geral mais madura, celebra o seu décimo aniversário este ano.
Naturalmente, o mercado de cloud ainda está enfrentando o que chamamos de dores do crescimento. As vantagens de custo das ofertas de cloud pública ainda não são claras. Diferem em características, segurança e estabilidade. As interrupções não são incomuns. A largura de banda de rede pode se tornar um gargalo para alguns serviços.
Quando deixarem de ser uma novidade, os provedores de produtos e serviços de computação em nuvem receberão o mesmo tratamento de qualquer outro fornecedor. A insatisfação com um, fará a empresa a levar seus negócios para outro. É nesse momento que a presença ou a falta de desenvolvedores especializados na equipe de TI se fará sentir. Mover um aplicativo de um serviço de armazenamento em nuvem para outra nuvem não é tão simples quanto mudar as empresas de telefonia. Um desenvolvedor que conheça bem os meandros de vários fornecedores de cloud - APIs, SLAs, serviços e tecnologias suportadas - irá parecer um Deus para as empresas que desejarem abandonar o navio com pressa.
4. Especialista em portabilidade para RIA
Lembre-se de RIAs (Rich Internet Applications, ou Aplicações de Internet Rica)? Os desenvolvedores web não estão se afastando de aplicações de conteúdo rico - longe disso -, mas os dias de usar plug-ins para fornecer gráficos sofisticados e interatividade ficaram para trás. O velório do Flash tem sido aguardado desde que Steve Jobs virou as costas para a tecnologia na plataforma iOS. O futuro do Silverlight parece igualmente sombrio. O HTML5 e suas tecnologias relacionadas são o caminho a seguir.
Mas o que acontecerá com todos os aplicativos Flash e Silverlight lagados? Alguns deles são materiais de marketing e publicidade com vida útil curta, mas outros, da área de educação, podem servaliosos, bem como os usados em visualização de dados e aplicações de comércio eletrônico. Preservar esse conteúdo para os futuros usuários da Web, em breve, se tornará uma preocupação a mais.
A conversão automática do Flash para HTML5 não é fácil, como demonstraram as próprias tentativas da Adobe. Ferramentas de autoria em HTML para aplicações ricas estão surgindo, mas lentamente. Entretanto, a demanda está crescendo para os desenvolvedores Web que já dominam o HTML5.
5. Arquiteto de computação paralela
Os aplicativos de hoje escalam de forma horizontal, não para cima. Clusters e outros sistemas distribuídos espalham aplicações em vários sistemas, não apenas em um servidor central. Com a ascensão de arquiteturas de CPU multicore, mesmo os software de desktops devem ser escritos com multiprocessamento em mente. Infelizmente, a computação paralela ainda é uma das tecnologias menos compreendidas em disciplinas de desenvolvimento de software.
Todas as ferramentas de desenvolvimento dos principais fornecedores estão evoluindo para tornar mais fácil a construção de aplicações de computação paralela. Alguns são desenvolvedores de linguagens, como a Go, da Google e X10, da IBM - que fazem projetar algoritmos concorrentes mais intuitivos. Tecnologias como OpenCL ajudarão os desenvolvedores a descarregar o processamento de múltiplos núcleos e GPUs. Outros projetos, como o Intel Parallel Studio, estão sendo projetadas para tornar as ferramentas existentes mais "paralelo-friendly".
O problema é que nenhum desses esforços conseguiu tornar o multiprocessamento acessível para a maioria dos programadores. A programação paralela exige mais do que apenas novas ferramentas. Exige uma nova maneira de pensar. Os desenvolvedores que dominarem as ginásticas mentais necessárias para o design da aplicação vão avançar rapidamente para a função de arquiteto de sistemas.
Um bom caminho para as empresas é investir na formação de seus desenvolvedores para que possam ocupar algumas dessas funções.
E, você, vê outros nichos exclusivos emergentes para os desenvolvedores? Conte para nós, aí nos comentários.

quinta-feira, 2 de fevereiro de 2012

Afinal, como é medido o IBOPE da TV e internet?


O único sistema de medição de audiência no Brasil possui tantos segredos que muitos podem até se perguntar se ele realmente existe.

 

(Fonte da imagem: F5)
Ibope é sinônimo de audiência e, para muita gente, também de mistério. Não foram poucas as vezes em que até as emissoras tentaram, em vão, conhecer a rotina de uma casa monitorada pelos aparelhos do Instituto Brasileiro de Opinião Pública e Estatística. Mas o segredo por trás das medições é bastante simples: um aparelho chamado Peoplemeter.
No Brasil inteiro, o Ibope já instalou aproximadamente 4.000 desses dispositivos, sendo que 750 deles estão na grande São Paulo. Uma das vertentes da Folha, o F5.com, teve a chance de entrar em contato com um desses aparelhos, ao visitar a casa de uma das famílias paulistanas que participam da medição.

Como sua família poderia ser “escolhida”?

 

(Fonte da imagem: MediaWeek)
Visto que são poucos aparelhos para uma grande área de cobertura, o Ibope é bastante criterioso ao buscar um local ideal para implantá-los. A empresa se baseia em dados do IBGE e em uma série de requisitos para encontrar candidatos aptos a receber o Peoplemeter. Após essa triagem, os aprovados são então selecionados aleatoriamente.
Para se ter uma ideia do impacto de um único aparelho, cada ponto em São Paulo equivale a aproximadamente 58 mil residências. Ou seja, efetuar o cálculo do público total é bastante simples, bastando multiplicar os “pontos” no Ibope pelo valor citado. Como exemplo, caso um programa alcance 30 pontos no Ibope em São Paulo, isso significa que aproximadamente 1 milhão e 740 mil pessoas estavam assistindo àquela programação no momento.
Participam da pesquisa indivíduos das mais variadas classes, gêneros e idades. As pessoas envolvidas não recebem nenhuma forma de pagamento por usar o aparelho, embora o Ibope envie “brindes” aos participantes com certa periodicidade. A presença de cada família também não é vitalícia, já que os aparelhos ficam em um mesmo local por quatro anos, para então serem movidos para outra locação.

Mas afinal, como o Peoplemeter funciona?

Todo o manuseio do aparelho pode ser feito pelo controle remoto, com interação direta de quem estiver assistindo. Ao ligar a TV, o participante é convidado a informar ao aparelho os seguintes dados:
  • Qual membro da família ele é, numericamente, dentro de um cadastro previamente feito;
  • Quantas pessoas estão assistindo a televisão com ele naquele momento;
  • Gênero de todos os presentes;
  • Faixa etária das pessoas.
Depois desse “cadastro” inicial, a televisão passa a ser monitorada e o aparelho grava qual o canal e o tempo de audiência para cada um deles.

 (Fonte da imagem: F5)
Na grande São Paulo, os aparelhos enviam os dados por meio de um sinal de rádio, o que possibilita um monitoramento em tempo real. Contudo, em outros locais, os dados são enviados uma vez por dia e computados na data posterior.

E por que o Ibope é importante?

A publicidade na televisão e em todos os meios de comunicações é parte imprescindível do nosso dia a dia e foco de grande investimento por parte de qualquer empresa que queira se destacar. Porém, é importante atingir o público correto, o que torna os dados levantados pelo Ibope imprescindíveis nessa área.
 

(Fonte da imagem: F5)
De acordo com a própria Folha, em 2011 a publicidade movimentou cerca de 20 bilhões de reais, sendo 63% desse valor gasto somente em televisão. Portanto, é importante saber qual a melhor hora e maneira de investir o dinheiro, visando atingir com exatidão o mercado consumidor de determinado produto.
Os resultados das pesquisas também influenciam diretamente nos programas que ficam no ar e naqueles que são cortados. Programas com uma baixa pontuação no Ibope logicamente possuem um risco muito maior de serem cancelados.

O que muda com a TV digital?

Hoje o próprio Ibope admite que os resultados já não são mais tão fiéis. Com a popularização da TV digital e do acesso móvel aos canais, o Peoplemeter não consegue mais monitorar todas as maneiras existentes com que uma pessoa pode interagir com a televisão.
Para contornar o problema, o instituto já está trabalhando ativamente em um novo aparelho para coletar os dados. Baseado em um software para celular, logo será possível monitorar inclusive os DVDs que você assiste ou os vídeos que são acessados no YouTube.
Mais informações sobre a nova tecnologia podem ser vistas neste vídeo, produzido pelo Olhar Digital.

Mas o Ibope é confiável?

Essa é a principal questão levantada quando o assunto é audiência. Existem diversos fatores que dificultam a credibilidade do Ibope e que servem como alento àqueles canais que recebem pontuações mais baixas.
 

(Fonte da imagem: Afazenda.net)
Por ser estritamente manual, não existe como prever uma margem de erro para o aparelho. É perfeitamente possível que uma pessoa simplesmente esqueça-se de ativá-lo quando for assistir a TV, ou então preencha o acesso com dados imprecisos. Considerando que, novamente, em São Paulo, um aparelho equivale a 58 mil residências, um único descuido já é suficiente para gerar um grande impacto no resultado final.
Além disso, o monopólio na medição de audiência do Ibope facilita as críticas de que a empresa pode tentar beneficiar algum canal em troca de interesses próprios. Isso também acontece com o acordo de confidencialidade, assinado pelas famílias ao aceitarem participar do processo, que faz com que ninguém tenha efetivamente “visto” todos esses aparelhos em ação.
A empresa multinacional Nielsen, responsável pela coleta de dados nos Estados Unidos e em outros países, já tentou entrar no mercado brasileiro para concorrer com o Ibope, mas até então sem sucesso.
É visível que o sistema do Ibope ainda é muito suscetível a erros. Manipulações, má fé, enganos, despreparo e excesso de confidencialidade são apenas alguns dos itens que podem levar a diversos erros graves ao fim das pesquisas. Porém, independente disso, é inegável que os valores registrados trazem um profundo impacto na vida comercial e televisiva brasileira. Mas e você, leitor do Tecmundo, acredita que o Ibope realmente reflete a opinião nacional?


Leia mais em: http://www.tecmundo.com.br/televisao/18855-afinal-como-e-medido-o-ibope-da-tv-e-internet-.htm#ixzz1lFQM2NMn

Saiba como fazer Facebook


A presença nas redes sociais, mais do que uma forma de “rever” velhos amigos, é uma forma de manter contato com familiares distantes, divertir-se e manter-se informado sobre os acontecimentos que mexem com a vida das pessoas. Além disso, é uma excelente oportunidade de se expressar, opinar, participar do assunto do momento ou apenas dar boas risadas e passar o tempo nos jogos on-line. Exatamente por isso, as redes sociais vêm seduzindo multidões e o Facebook é a febre do momento, especialmente no Brasil, já que o número de adeptos no país cresceu 298% em 2011. O termo “Fazer Facebook” foi o mais procurado no Google na lista do “como fazer”, segundo o Google Zeitgeist.
(Série “Como fazer”: o G1 publica neste início de ano artigos e reportagens sobre os temas mais buscados em 2011 para o termo “como fazer”, listados pelo Google Zeitgeist.)
Claro que muitas pessoas ainda têm receio de se expor ou ficam de fora da rede por não saber como dar os primeiros passos. Pensando nisso, a coluna Tira-dúvidas de hoje vai mostrar os caminhos para aqueles que ainda não estão no Facebook criarem um perfil na rede, além de mostrar alguns recursos básicos para quem quer tirar o melhor proveito da ferramenta.
Primeiro passo – criando um perfil: bem vindo ao Facebook
Acesse o endereço http://www.facebook.com. Na página, é possível criar o perfil ou acessar uma conta já existente. A imagem abaixo mostra uma conta  sendo criada. Para isso, é preciso informar o nome completo, uma conta de e-mail, sexo, data de nascimento e clicar em ‘Cadastre-se’. Após a confirmação das informações básicas da conta de usuário, é possível preencher o restante das informações do perfil usando o assistente do próprio site.
Cadastro Facebook

Página de cadastro sendo preenchida para criar um perfil na rede social (Foto: Reprodução)

Segundo passo – configurações pessoais: mostre ao mundo quem você é
Pagina Inicial Facebook

Perfil no Facebook sendo acessado pela primeira vez (Foto: Reprodução)
Agora que você já inaugurou o seu perfil novinho em folha, é hora de falar sobre suas preferências. O Facebook mostra quem você é, onde mora, o que gosta de ler, músicas, filmes, os locais onde estudou e uma série de outras informações pessoais.
Para acessar as opções, clique no menu “Nome do usuário> Editar perfil”. Você pode preencher essas informações aos poucos, já que são muitas as opções a preencher. Elas darão oportunidade aos seus amigos na rede para conhecer um pouco mais sobre você.
Uma dica especial para os ciumentos, já que o Facebook tem sido apontado como uma das principais causas em 20% dos divórcios: configure o status de relacionamento. Você pode acrescentar ao seu perfil que você está comprometido com alguém. Assim que você adiciona o nome do amado (a), a pessoa precisará aceitar. O Facebook permite vários níveis de “comprometimento”. Depois de adicionar pessoas (o que veremos no quarto passo), você também poderá definir quem são os membros de sua família. Preenchendo os parentescos, você pode adicionar fulano ou beltrano como filho, irmão, cunhado etc. As pessoas indicadas terão que aceitar.
Outra boa prática é adicionar uma url personalizada. Esse recurso permite que você, além de ter um nome na rede, tenha um endereço correto. Lembre-se: qualquer página na internet, para ser localizada, tem um endereço, chamado de url. Se você não fizer configuração alguma, o Facebook irá gerar uma url extensa, de difícil memorização. Para configurar uma url personalizada, clique em “Página inicial> Configurações da conta>Nome do usuário>Editar” e digite o nome que deseja que apareça.
Nome Usuário Facebook

Personalizando o nome do usuário (Foto: Reprodução)
Finalizado o processo, você terá um endereço no Facebook, que ficará assim:facebook.com/seunome

Terceiro passo – segurança e privacidade: compartilhe, mas se proteja
Um dos grandes motivos de muitas pessoas optarem por ficar fora do Facebook é o medo da exposição excessiva de suas informações pessoais. Vale lembrar que algumas regras de segurança são básicas e servem tanto para os ambientes on-line quanto para os ambientes reais. Por exemplo: se você não fornece seu endereço e telefone para estranhos, também não deverá disponibilizá-los no Facebook.
Embora seja possível fazer configurações para manter certas informações sob sigilo, como veremos a seguir, evite fornecer informações que possam comprometer a sua segurança ou de sua família. Feito isso, é hora de configurar o nível de privacidade. Ou seja, o local que você define quem poderá saber mais sobre você.
O Facebook permite basicamente três opções de privacidade: público, amigos e personalizada. Na primeira opção, qualquer pessoa poderá acessar tudo que você publicar na rede. Na segunda, apenas amigos (pessoas que você adicionou ou aceitou) poderão ver seus dados.
Privacidade Facebook

Definindo os níveis de privacidade do perfil (Foto: Reprodução)
Por fim, a terceira, personalizada, irá definir níveis de privacidade diferentes para cada tipo de função. O próprio site oferece explicações sobre cada uma delas e você pode definir o que é mais interessante para o seu perfil de usuário. Ao fazer publicações, você também poderá  definir quem terá acesso a elas. Vamos ver isso mais adiante, no quinto passo.

Quarto passo – redes sociais são redes de pessoas: conecte-se e organize-se
Bem, se você já adicionou uma ou duas pessoas, você verá que o próprio Facebook irá se encarregar de sugerir-lhe amigos. Essas sugestões também vêm das suas configurações pessoais, como lugares onde estudou, sobrenome, parentescos, entre outros. Assim, você verá na terceira coluna à direita da sua tela uma lista organizada pela rede social, perguntando se você conhece tais pessoas. Vale ressaltar que  o Facebook tem uma política forte contra fraudes e, às vezes, coloca “de castigo” quem adiciona muitas pessoas de uma vez só. Isso serve para evitar que pessoas mal-intencionadas se aproveitem da rede para criar perfis falsos. Uma boa prática é adicionar só pessoas que você realmente conheça ou com quem tenha alguma ligação. Afinal, a maioria das pessoas não quer curiosos xeretando informações pessoais.
Você também pode procurar pessoas, digitando o nome delas na barra de buscas. Assim que localizar quem está procurando, basta clicar no nome da pessoa e clicar em adicionar aos amigos.

Quinto passo – relacione-se: interaja sem medo de errar
Agora que você já fez boa parte das configurações, está na hora de dizer ao mundo o que pensa. Você pode publicar fotos, compartilhar links da web que você achou interessantes, comentar ou curtir as publicações de amigos. Essa atualização é chamada de status e fica no topo da timeline.
Aqui você novamente se depara com uma série de opções antes de apertar em publicar. Se você está preocupado com quais pessoas irão ver o que você está escrevendo, aqui você tem uma ferramenta poderosa, já que é possível definir se a publicação será pública (qualquer um poderá vê-la), apenas para amigo, para amigos de amigos e até mesmo publicações para listas específicas. As listas de amigos permitem que você agrupe as pessoas conforme desejar. Assim como na vida real, no Facebook você terá grupos de amigos, como: familiares, colegas de aula, colegas de trabalho, o pessoal do clube etc. O Facebook cria algumas listas automaticamente, mas você pode personalizá-las, clicando no meu posicionado no lado esquerdo em “listas>mais>Criar lista”. Feito isso, você pode adicionar os amigos a essa lista.
Listas Facebook

Criando lista personalizada de amigos (Foto: Reprodução)
Outro recurso interessante são as mensagens fechadas. Elas funcionam basicamente como um e-mail. Para enviar uma mensagem privada, você deve acessar o ícone de mensagens, que fica no menu posicionado no lado esquerdo da página do Facebook.

Sexto passo – a estrutura do Facebook: entenda como as  informações são atualizadas
A essa altura, se você é iniciante no Facebook, pode estar se perguntando como funciona a estrutura das informações na rede social. Novamente, algumas configurações podem tornar a sua experiência com a rede ainda melhor. Vale ir experimentando e explorando cada uma delas.
O mais importante a saber é que na área central são exibidas as principais atualizações de seus amigos e páginas que você curte — lembrando o Tira-dúvidas com o programa que ajuda na criação de páginas. Já na coluna mais à direita você perceberá que são exibidas as atividades de seus amigos. Essa parte é bem mais dinâmica (você notará isso quando tiver muitos amigos), pois exibe todas as ações que eles desempenham, como comentar os status de outros amigos, curtir publicações, iniciar novas amizades etc.
Timeline Facebook

Exibindo o feed de notícias na timeline do Facebook­ (Foto: Reprodução)
Já no canto inferior direito existe um local de chat, no qual você pode conversar instantaneamente com amigos que estejam on-line naquele momento. Caso você não esteja afim de papo, é possível ficar indisponível.

Estes são apenas alguns dos inúmeros recursos que o Facebook oferece e muitos itens ficaram de fora da coluna de hoje. A rede social é bastante rica em personalização e funcionalidades, como os grupos, eventos, criação de álbuns, felicitações de aniversário etc. Mas não há motivo para ficar de fora, já que o Facebook também é muito intuitivo. Com essas dicas básicas você já terá percorrido um bom caminho para tirar o melhor proveito da rede social, seja para se divertir, seja para se informar – ou tudo ao mesmo tempo. E, claro, se você tem alguma dúvida específica, deixe sua pergunta aqui na seção de comentários.