quarta-feira, 16 de novembro de 2011

Os Fantasmas se divertem: No Serviço Público

Certamente uma das piores categorias do Serviço Público. Eles dão risadas nas nossas caras.


Funcionários Fantasmas no Serviço Público. Não meu amigo, não pense que são Instituições mal assombradas, Ou são? Bem, na verdade são, mas não literalmente por fantasmas, e sim por almas sebosas feitas de carne, osso e DESONESTIDADE. Esses espíritos imundos se aproveitam muitas vezes da aproximação política com os governantes (em âmbito nacional/estadual, mas aparentemente muito mais comum em cidades interioranas) para conseguir “benefícios” para sua pobre alma – e os governantes, mais imundos ainda, concedem. É algo tipo receber sem trabalhar, ter mais de um cargo comissionado trabalhando só em um, mas recebendo pelos dois, é claro. Muitos, não satisfeitos com os privilégios, conseguem as vantagens também para o cônjuge, o filho, o sobrinho, o vizinho da avó e por aí vai, não importa aqui o grau de parentesco, e sim a troca de favores.

Eu sinto verdadeiro desprezo por pessoas que se envolvem em esquemas como estes. São detestáveis, abomináveis, execráveis. Vamos contratar os Caça Fantasmas, chamar o padre Quevedo, ou um exorcista para expulsar esses encostos em nome de Jesus. Amém!

Olha, realmente não há comparação melhor viu, é um verdadeiro filme... de terror. Até quando esses fantasmas continuarão a assombrar o serviço público nesse País? Até quando meu Deus?

REPORTER NARRA CONVERSA COM UM SEGURANÇA NA CÂMARA DOS DEPUTADOS:

Não faz muito tempo, um segurança da Câmara, disse-me: "Por que você não encara uma reportagem para mostrar isso aqui?"

Ele referia-se a enorme quantidade de funcionários-fantasmas da Casa.

E dava-me uma dica que não precisava porque já conhecia bem a história: "Fique aqui neste ponto de ônibus ao lado do Anexo III. Você vai ver a quantidade de gente que chega somente para assinar o ponto".

Ele tinha razão.

Trabalhei no Anexo IV da Câmara, um prédio de dez andares ao lado do edifício principal.

No andar onde exercia função de assessor de imprensa, víamos os fantasmas chegarem por volta das 19 horas para assinar o ponto.
É para ganhar hora extra!!!

Todos os que trabalham em cada andar do prédio sabe identificá-los porque eles não estão ali nos horários de expediente.


Na Câmara dos Deputados, por exemplo, a contratação desses fantasmas serve para engrossar os rendimentos dos parlamentares.


No ano passado, li reportagem numa revista semanal sobre um deputado que engavetou processo contra um colega no Conselho de Ética, como relator.


E este relator - a revista não apurou - foi personagem de matérias em dois jornais, justamente por contratar fantasmas em seu gabinete.


Como o caixa dois para despesas de campanha eleitoral alegado por Jaqueline Roriz, para justificar imagens, em que aparece ao lado do marido recebendo R$ 50 mil, os fantasmas estão integrados ao dia a dia do Congresso Nacional e da Câmara Legislativa.

Quem trabalha de verdade não denuncia para não sofrer retaliação.

No caso do deputado relator que engavetou processo contra um colega, ele tinha até uma dona de barraquinha de comida nas imediações do Congresso como servidora de seu gabinete.

Esse é o tipo de mal que precisa ser arrancado pela raiz. 

Até onde a vista alcança, nada será feito.

Pode-se se punir um aqui outro acolá, mas pelo jeito o risco vale a pena.

E daí!!?? Denuncie o Fantasma, que mora ao seu lado... que está ao seu lado... ele é um câncer, que mata... Eles estão em todos os lugares (Bares, Jornais, Empresas, Casa, etc.), menos no lugar, que deveriam estar. #ficadica.

Antonio Décio Ferreira Coelho é Analista de Sistemas, The Facebook Developer, Contabilista e Especialista em Gestão Pública. Email: adfcoelho@gmail.com

2012: como serão os smartphones?


Celular do futuro terá processadores quad-core, NFC e telas incríveis, mas ainda não sobreviverá muito tempo longe da tomada.


Desde o advento do primeiro smartphone moderno (o iPhone original, apresentado em 2007), o poder desses dispositivos de computação móvel que, por coincidência, também fazem ligações, decolou de maneira impressionante. Processadores fracos deram lugar a poderosos quad-cores, as câmeras desses aparelhos são tão capazes quanto muitas point-and-shootsdo mercado e a resolução da tela desses celulares excede os limites do olho humano ao distinguir pixels separados. 
Mas isso não significa que não exista mais espaço para inovações em 2012. Separamos alguns tópicos que devem ser explorados pelos fabricantes nos modelos dos próximos anos: 
Chegada dos processadores quad-core

Como 2011 foi o ano dos dual-cores, próximo trará os processadores quad-core para os smartphones. O Nvidia Tegra 3 promete ser até cinco vezes mais rápido do que seu antecessor, o Tegra 2, que foi apresentado este ano. Enquanto isso, a Qualcomm planeja lançar o Snapdragon, com velocidade de até 2.5GHz, e o Adreno, procesasdor quad-core voltado para Games

Surge o NFC
Near-field Communication (ou comunicação por proximidade) é a tecnologia que permite que o usuárioa proxime o celular em um dispositivo, que funciona como uma máquina de cartão de crédito (o método é a mesmo utilizado pelo Bilhete Único, em São Paulo). Para que isso aconteça, as fabricantes de dispositivos e as operadoras precisam inserir capacidades de NFC nos aparelhos para permitir as transações, e as companhias de cartão de crédito precisam criar maneiras de gerenciar a movimentações e as lojas adquirirem equipamentos compatíveis com a tecnologia. A partir do ano que vem, as coisas devem começar a andar mais rapidamente. 

Google Wallet foi o tiro de partida desse segmento, porém deverá enfrentar forte competição em 2012. As operadoras estrangeiras desenvolveram um plano de pagamento próprio via NFC, chamado Isis, e há rumores de que a Apple deve equipar os futuros iPhones com a tecnologia; a o BlackBerry Bold 9900 da RIM, por exemplo, já conta com NFC integrado. Não espere que isso vá matar os cartões de crétdito no ano que vem, mas espere esse método de pagamento se tornar muito mais popular entre os clientes. 
Telas com resolução 720p: um padrão
O Samsung Galaxy Nexus e o HTC Rezound estão entre os primeiros smartphones a apresentar telas com resolução de 720p (1280x720 pixels). Ano que vem, essa configuração se tornará padrão para os smartphones de alto padrão, e os fabricantes terão que quebrar a cabeça para encontrar maneiras de colocar essa quantidade de pixels em telas menores do que o visor de 4.3 polegadas do Rezound, por exemplo. O resultado deve ser belíssimas telas, nas quais será impossível enxergar os pixels separadamente. 

LTE em toda parte
O ano de 2011 foi experimental para o 4G LTE, que oferece um ganho de velocidade grande em relação às redes 3G. Apesar da Verizon ser pioneira nesse tipo de conexão, os primeiros smarphones LTE oferecidos pela prestadora - o HTC ThunderBolt e o Samsung Droid Charg - tinham especificações técnicas inferiores, e mesmo os aparelhos mais novos consumiam bateria de forma exagerada quando o LTE era ligado. Lá fora, a AT&T está largando apenas agora, e a Sprint deve aparecer nesse cenário no início de 2012, logo, em determinado momento, o LTE se tornará comum entre os smarphones mais modernos. Vamos esperar que os fabricantes e operadores possam encontrar meios de evitar as perdas expressivas de bateria. 

Vamos falar com celulares
Acompanhando o lançamento do Siri no iPhone 4S, não há dúvidas que o Google e a Microsoft não comecem a apresentar opções de controle por voz em suas plataformas móveis.  Como existe uma chance mínima de que a Apple abra o assistente pessoal para aplicativos terceirizados em 2012, é mais provável é que a companhia expanda a funcionalidade do recurso e apresente outras novidades até o fim do ano.  

Muito mais, pagando menos
Ao mesmo tempo que a tecnologia de ponta avança, o mesmo acontece com equipamentos médios. Nos EUA, por exemplo, o iPhone 3GS pode ser adquirido gratuitamente, a partir de um contrato de dois anos com a AT&T; sendo assim, haverá uma competição acirrada na margem de 0 a 50 dólares, e não apenas com a plataforma do Google, mas também com Windows Phones também. O próprio Steve Ballmer, CEO da Microsoft, previu que “os celulares mais baratos serão os com Android, e temos que procurar maneiras de reduzir o preço de nossos aparelhos”. 

A batalha pelo celular pré-pago vai esquentar
Mesmo que a luta pela superioridade dos smatphones envolva principalmente as maiores operadoras, um embate separado está começando a se intensificar no front dos “aparelhos sem contrato”. No exterior, a partir da Virgin Mobile e a T-Mobile, há ótimos aparelhos Android que podem ser adquiridos a taxas de 35 e 30 dólares por mês, respectivamente. O Motorola Triumph e o Samsung Exhibit II 4G  devem entrar em guerra a partir do ano que vem, colocando essas suas operadoras pré-pagas em embate furioso. 

Realidade aumentada
Este é outro recurso que foi visto muito pouco em alguns apps, entretanto Ramon T. Lamas do IDC aposta que essa ferramenta terá forte presença no futuro, fazendo parte do dia a dia dos celurares do futuro, e não limitada apenas a aplicativos como o Google Goggles ou o navegador Layar.

Já encontramos um pouco dessa abordagem como a busca visual do Bing, que é integrada à plataforma do Windows Phone 7. Caso você esteja viajando ou apenas explorando sua cidade, por exemplo, é possível apontar o celular para os arredores e fazer com o que aplicativo mostre uma camada que indica quais são os pontos turísticos próximos. 
Bateria: sem muitas novidades
Enquanto que os smarphones continuarão a melhorar de maneira notável em relação a poder de processamento, a vida útil de bateria verá pouco progresso. Os maiores avanços tecnológicos  que poderiam manter os usuários longe das tomadas por mais de um dia ainda estão nos laboratórios, sendo assim a única esperança para a bateria depende da otimização. Os processadores quad-core Tegra 3 da Nividia, por exemplo, possuem um quinto núcleo escondido, que consome uma quantidade muito pequena de bateria e cuida de tarefas básicas, enquanto que o Motorola Droid Razr pode desligar funções de alto consumo de bateria para conservar a carga. Por enquanto pelo menos, uma bateria de 24 horas continua um sonho distante. 

BI salta para dispositivos móveis e acelera negócios


Business Intelligence coloca na palma da mão informações estratégicas que agilizam tomadas de decisão e potencializam competitividade.


A tecnologia Business Intelligence (BI), velha conhecida do ambiente corporativo, há muito está presente na criação de cenários e campanhas de marketing assertivos, por meio da mineração de dados que constroem informações-chave, capazes de fortalecer estratégias, impulsionar negócios e tornar a empresa mais competitiva. Um aditivo de resultados.

Imagine tudo isso na palma da mão, qualquer hora e lugar? Aconteceu. BI esgueirou-se por meio de dispositivos móveis como smartphones, tablets e coletores de dados e atingiu em cheio o coração de executivos e profissionais que precisam tomar rápidas decisões e agilizar processos em empresas dos mais diferentes setores da economia.

Depois de desfrutar dessa facilidade, é praticamente impossível imaginar-se sem ela. É o que afirma Alexandre de Castro Naves, diretor-executivo da Castro Naves, distribuidora de produtos de consumo corporativo [copinhos de plástico, materiais de informática, papelaria etc].

Há seis meses, a empresa implementou a solução de BI móvel da Shankya, que possibilita o recebimento em dispositivos móveis deinformações gerenciais e estratégicas. “A informação em tempo real é tudo. Sem ela, fica muito mais difícil: negociações, propostas, projetos, tudo.” São 58 profissionais de níveis, incluindo gestores, operadores de call center e motoristas, que recebem diariamente relatórios de BI em seus smartphones, tablets e coletores inteligentes de dados. Essas informações chegam por e-mail ou SMS. 

Com a inteligência de bolso, os profissionais revolucionaram processos, agilizaram as tomadas de decisão e ampliaram oportunidades de negócios, segundo Naves. “Acompanho pelo meu iPhone faturamento, dados financeiros, entre outras informações. Dessa forma, acelero ações e amplio minha produtividade”, diz o executivo que destaca que como recebe relatórios à noite,  antecipa medidas e as coloca em prática logo assim que chega ao escritório no dia seguinte.

De acordo com Carlos Eduardo Calegari, analista sênior de Software da consultoria IDC Brasil, a inteligência à mão, independentemente de hora ou lugar, vicia e contamina. “Ela se estende para toda a infraestrutura da empresa quando está integrada a sistemas de gestão empresarial (ERP) e Costumer Relationship Management (CRM)”, explica. Na verdade, prossegue, essas ferramentas passam a agregar capacidades analíticas, visto que compartilham uma base única de dados.

Essa vantagem foi percebida por Naves. “Observamos que a aplicação buscava os dados e os transformava em informação, que era entregue em variados destinos estratégicos. Por que não estendermos essa vantagem aos nossos clientes e fornecedores? Era o CRM analítico ganhando forma.”

A Castro Naves hoje alimenta com relatórios mais de 4,8 mil clientes e 75 fornecedores. “É uma ação altamente estratégica, porque nossos fornecedores, por exemplo, cruzam nossas informações com as deles e assim identificam oportunidades de negócios”, diz. “Passamos a ser acompanhados muito mais de perto, recebemos mais atenção, o que facilita negociações, descontos, entre outros benefícios.”

Outro grande ganho proporcionado pelo BI móvel na avaliação de Naves é que antes perdia-se muito tempo garimpando dados para gerar informação. Agora, essa vantagem é usada para criar soluções. “Impossível ficar sem.” 

Posicionamento estratégico

Mas BI sozinho não é nada, desafia Calegari. Ele será mais ou menos eficiente, dependendo do desempenho de profissionais nesse processo, garante. “A mesma informação gerada pelo BI passada a dois gestores pode implicar em resultados completamente diferentes. A forma como cada um irá trabalhá-la é que fará toda a diferença.”
Segundo o analista, o mesmo acontece com quem vende BI. Para ser bem-sucedido, terá de entender sobre o mercado de atuação do cliente, para que ele possa extrair o máximo da tecnologia. “Terá de maximizar o valor da solução”, ensina.

Na opinião de Flavio Bolieiro, vice-presidente da MicroStrategy para a América Latina, o setor de tecnologia da informação sempre viveu ondas: o boom da internet, a adoção de CRM, de Enterprise Resource Planning (ERP) etc. “BI sempre esteve entre as intenções de adoção, entretanto, nunca registrou explosão. Agora, a tecnologia ganha espaço e isso se deve ao grau de maturidade das empresas. O Brasil está bem posicionado no uso, mas pode melhorar”, pontua.

Bolieiro diz que as organizações estão enxergando o valor de analisar indicadores de performance, mas que há dois desafios em torno desse cenário. O primeiro deles está relacionado à definição dos conceitos BI e Business Analytics (BA). “Para nós, no fundo, tudo é BI. Mas para o mercado, os termos podem parecer confusos, já que muitas terminologias surgiram”, analisa. 

Ele explica que para a MicroStrategy BI é a plataforma que acessa os dados e ajuda usuários a navegar por eles e BA é a aplicação desenvolvida em cima do banco de dados, usando BI. “Um não é a evolução do outro”, acredita.
Para a IDC, diz Calegari, BI e BA têm o mesmo significado, portanto são avaliados sem segmentação e essa categorização é fruto de diferentes posicionamentos da indústria. “Alguns fornecedores não fazem distinção entre eles e outros sim.”

Bolieiro ressalta mais um fato relevante. Ele afirma ainda haver companhias que utilizam soluções de análise de forma departamental e não desfrutam, assim, de todos os benefícios que a tecnologia pode viabilizar. Uma visão integrada e holística, diz, é o recomendado. 

Concorda com ele José Caodaglio, diretor sênior de vendas de BI e EPM da Oracle do Brasil. “Das pequenas às grandes empresas, esse quadro é realidade. Há uma falsa ilusão de que ao gerenciar partes, é possível gerenciar o todo.”

O papel da Oracle, aponta, é ajudar as companhias a entender que a implementação de BI não é tão simples quanto parece. O executivo diz que a fornecedora equilibra essa equação com a filosofia de viabilizar integração entre BI e outras soluções, minimizando o esforço do usuário na realização da tarefa. 

Por outro lado, Kátia Vaskys, diretora de Business Analytics da IBM, identifica que há uma demanda por soluções de BI para conhecer melhor o cliente. “Entender o comportamento, perfil e tendência dele tem sido mandatório. Por volta de 2001, o CRM foi implementado nas companhias de forma operacional e agora o BI chega para mudar esse quadro”, aposta.

A executiva acredita que os setores financeiro, de telecomunicação e varejo saíram na frente na adoção de soluções de inteligência, mas outros estão se rendendo à era da análise preditiva.

Na área de logística, a MRS é um bom exemplo. A empresa, uma ferrovia que trabalha com transporte de carga no eixo Rio de Janeiro-Minas Gerais-São Paulo, já havia ingressado na mobilidade com o uso de BlackBerries desde 2006, e no ano passado adotou BI nos smartphones para aprimorar o gerenciamento de cargas e descargas do minério de ferro em terminais. Assim, a aplicação já chegou em um ambiente amadurecido, o que facilitou a adesão.

O desafio, segundo Márcio Claudio da Gloria Maciel, analista de negócios da MRS Logística, é não deixar que os terminais fiquem ociosos, ao mesmo tempo em que não podem apresentar gargalos. “E a aplicação reduziu sensivelmente o tempo das tomadas de decisão para a resolução de problemas.”

A solução de BI móvel, desenvolvida pela Navita no modelo customizado, está disponível para 150 usuários, de variados níveis de atuação, em especial os de coordenação e diretoria. “A informação chega nas mãos de responsáveis pelo acompanhamento da carga e descarga e até do presidente da empresa, que pode monitorar o status, mesmo no aeroporto, e tomar decisões”, relata José Nelson Figueiredo, especialista em Planejamento e Controle de TI da MRS.

Aumento da produtividade, mais agilidade nos processos, redução de gargalos e também da ociosidade nos terminais são alguns dos ganhos listados por Figueiredo. “A situação ideal é a malha não parar. E o que hoje contribui muito para isso é a aplicação, que possibilita que a informação seja unificada, circule rapidamente e acelere as tomadas de decisão.”

A comunicação se propaga via BlackBerries ao longo dos 1,6 mil quilômetros da ferrovia. Segundo ele, é possível reprogramar trens destinados a um determinado terminal para outro, evitando paradas ou gargalos. “Tudo isso de maneira ágil, porque contamos com rápidas tomadas de decisão”, diz o especialista.

A MRS trabalha com um indicador próprio chamado Trem Hora Parado [THP], bastante crítico para o negócio. “Nos empenhamos para ter o mínimo de THP, que tem reduzido bastante nos últimos anos e estimamos que com o BI móvel o resultado positivo seja ainda mais acentuado”, acredita Figueiredo. Ele acrescenta que a manutenção de locomotivas e vagões é outro ponto nevrálgico da operação e será o próximo foco do BI móvel para agilizar processos e decisões. “Pretendemos ainda aumentar o número de usuários de smartphones e também de aplicações. Se há um caminho que pretendemos crescer, é o de BI móvel”, garante.

A febre da mobilidade

Algumas tecnologias e conceitos estão impulsionando a adoção das plataformas de inteligência, como mobilidade, redes sociais e cloud computing. Para a SAP, mobilidade e processamento em memória estão puxando o desenvolvimento de soluções analíticas e a empresa está em linha com essa demanda. Além disso, o rápido acesso às informações de negócios possibilitou a integração com a tecnologia de BI da SAP com o ERP da companhia. 

“Mesmo que um usuário não tenha a nossa solução, prestamos consultoria para organizar a plataforma de informações transacional para que seja possível extrair dados de forma organizada”, observa Carlos Guimarães, diretor de Soluções Analíticas e Tecnologia da SAP.

Bolieiro, da MicroStrategy, acredita que mobilidade comandará a onda de crescimento da adoção de soluções preditivas nos próximos meses. “Há um tempo, Bill Gates, fundador da Microsoft, falava que o futuro da informática era colocar a informação nas pontas dos dedos e hoje já podemos fazer isso”, diz. 

Mas não somente a mobilidade aditivou a adoção de BI móvel. Kátia, da IBM, diz que as organizações estão acostumadas a lidar com a análise de dados estruturados, mas o surgimento de vídeos, informações de GPS e redes sociais, que compõem dados não estruturados, tornou-se um desafio. “Os projetos de BI nos anos 90 foram realizados olhando para dentro. Hoje, isso não funciona mais. Mídias sociais têm sido o motor de transformação da cultura analítica”, indica.

O assunto vem ganhando destaque na IBM e as apostas são altas. Em 2010, a fornecedora definiu quatro metas estratégicas para os próximos cinco anos que norteiam os investimentos e Business Analytics and Optimization (BAO) – como batizou a oferta de BI +hardware+consultoria+pesquisa – faz parte dessa lista. A empresa quer registrar faturamento anual de 16 bilhões de dólares com BAO até 2015.

A MicroStrategy, assinala Bolieiro, está evoluindo sua linha de produtos nessa direção. A companhia está 100% focada em soluções de BI, toda a sua receita mundial [que em 2010 contabilizou 454 milhões de dólares] é relacionada à oferta de plataformas analíticas. Além disso, conta com 3 mil funcionários em todo mundo, sendo 80 no Brasil, focados em buscar constantes melhorias e inovações nas plataformas de análise e um Centro de Desenvolvimento Offshore na Polônia com essa finalidade. Fruto desse esforço foi a ampliação do posicionamento na área ao disponibilizar no ano passado solução móvel. “Mobilidade chega para agregar valor e democratizar o BI”, avalia. 

Foi assim com a operadora de telecomunicações TIM. Desenvolvida pela MicroStrategy, a solução de BI móvel, para iPad, foi apresentada pela desenvolvedora para ampliar a qualidade de serviços prestados pela operadora [voz, dados, 2G, 3G, SMS, MMS, entre outros].  Os executivos da alta direção precisavam visualizar indicadores estratégicos no mapa do Brasil, de maneira dinâmica e a aplicação tornou possível, segundo o especialista da área de Services Quality Assurance da TIM, Cesar Mansur Souza.

A comunicação é visual e, portanto, imediata, diz Souza. Ao aparecer uma bola vermelha em algum ponto do mapa, indica que aquela região está com algum problema na rede. Ao passar o cursor sobre ela, é possível obter mais dados. No iPad, as informações aparecem integradas e são carregadas instantaneamente. Antes, entrar na ferramenta, executar relatórios, abrir planilhas e analisar um dado eram tarefas demoradas.

“Mas para isso tivemos de mexer em nosso banco de dados, tornando-o adequado para o uso da aplicação. Do contrário, consumiria alguns segundos para carregar a informação, o que depreciaria o resultado”, diz. “O objetivo é agilizar processos e proporcionar uma visão gerencial a qualquer momento de qualquer lugar”, afirma.

O projeto está bem no início, segundo Souza. Foi implementado em setembro deste ano e o retorno tem sido positivo, garante. “É possível visualizar desde o nível regional até o de site, que envolve as antenas. E podemos estratificar por cidades, bairros, ou seja, por área de cobertura”, relata.

Até o final do ano, com base na avaliação do desempenho da aplicação, a TIM pretende ampliar o número de licenças, que hoje totalizam oito, para rodar a solução em oito iPads. “A iniciativa era um sonho antigo dos executivos e que agora se tornou realidade, ampliando a qualidade dos nossos serviços, e garantindo a estabilidade da rede, que é um ponto altamente crítico no nosso mercado de atuação”, diz.

Decisões rápidas

O sucesso do BI móvel também aconteceu na SABB, empresa do grupo Coca-Cola, que atua no segmento de bebidas não-gaseificadas [responsável pelas marcas Del Valle, Matte Leão, Suco Mais e Burn]. No início deste ano, migrou para os BlackBerries, já inseridos há quatro anos na estratégia de comunicação da companhia, o BI móvel, desenvolvido pela Navita.

São 180 colaboradores em cargos de supervisão, gerência e diretoria que desfrutam da inteligência em seus dispositivos móveis. De acordo com Paolo Chiavone, gerente Corporativo de TI da SABB, o objetivo foi garantir o acesso contínuo, de qualquer lugar, a qualquer hora aos servidores, eliminando os riscos de falta de conexão à internet, à rede virtual da empresa e ao ERP. 

Hoje, a solução possibilita o monitoramento pró-ativo e em tempo real de cada um dos smartphones e agiliza a identificação e a resolução de problemas de conectividade de maneira transparente para o usuário. Chiavone relata que a gestão corporativa dos dispositivos reduziu em 70% a abertura de chamados ao service desk relacionados à mobilidade.

Agora, decisões são tomadas de maneira mais ágil, sem os gargalos operacionais que atrasavam procedimentos importantes como autorizações para concretização de vendas e o envio de cargas de bebidas para a rede de distribuição.

A companhia estuda a ampliação do número de smartphones, incluindo também a adoção de tablets para executivos de nível sênior. “Tudo que gera facilidade e eficiência vira hábito. Agora, o uso de BI móvel não tem mais volta”, garante Chiavone.

Mercado em movimento

As análises e previsões da IDC Brasil e do instituto de pesquisas Gartner são positivas para o mercado de BI no Brasil. Neste ano, o Gartner estima para o País movimentação de mais de 150 milhões de dólares e para 2013 a previsão é que totalize mais de 190 milhões de dólares. 

Em 2010, esse segmento cresceu em solo nacional acima de 30% em relação a 2009, contabilizando mais de 300 milhões de dólares, de acordo com a IDC. Com essa marca, o Brasil representa mais de 50% do mercado de BI na América Latina. 

Segundo a IDC Brasil, BI deve apresentar crescimento composto anual entre 18% e 20% até 2015 e a previsão para BI móvel é registrar incremento acima dessa marca.

Na SAP, do volume total de vendas de licenças no Brasil 40% vêm do BI. “O número mostra a necessidade de os clientes, não só da base instalada, pela adoção desse tipo de solução no âmbito corporativo. A companhia precisa ter uma visão única do dado e tomar decisões em todas as camadas dos negócios”, afirma Guimarães, da SAP.

A aposta da fornecedora para conquistar fatia expressiva desse mercado, aponta Guimarães, é investir em parcerias que possam agregar conteúdo ao BI, inserindo visões específicas de negócios para alguns setores da economia. “Entendemos que o caminho para facilitar projetos é esse, já que deverá realizar a integração entre os mundos transacional e analítico”, afirma.

“Quando a companhia se depara com um tsunami de dados, trabalhar de forma comprimida garante maior performance, velocidade e melhor custo benefício”, comenta Marcela Vairo, gerente de Software Information Management da IBM, sobre o valor que a compra da Netezza [por 1,7 bilhão de dólares]. 

As parcerias vão ao encontro dessa meta. No mês passado, a IBM estabeleceu aliança com a Totvs para comercialização de BA. “A solução une a experiência da Totvs na gestão de negócios com a tecnologia de soluções analíticas Cognos da IBM. É disponibilizada on premise ou na nuvem”, explica Rodrigo Caserta, vice-presidente de Atendimento e Relacionamento da Totvs.

“A IBM espera registrar expansão geográfica e oferecer solução de inteligência para companhias de pequeno e médio portes, nas quais a Totvs possuí ampla presença”, diz Kátia. A expectativa da Totvs é semelhante. “Queremos ser ‘multinacional brasileira’ e para sustentar esse desejo precisamos ampliar nossa atuação no mercado internacional e a IBM se posicionou como aliada nessa estratégia”, completa Caserta.

A Totvs possui hoje uma base de mais de 26 mil clientes e o potencial é enorme, aposta Caserta, sem, no entanto, revelar números. Inicialmente, a companhia vai atacar o mercado latino-americano, mas vai ampliar as fronteiras no próximo ano e navegar pelos mercados norte-americano, asiático e europeu. “A proliferação de dados, o cuidado com a qualidade das informações, a necessidade de estar à frente da concorrência, além das redes sociais estão impulsionando a atenção para o BA”, aposta.

A Navita ingressou no universo de BI móvel em 2010, mas já está colhendo os resultados da nova estratégia. “Cerca de 20% do nosso faturamento vem da oferta”, contabiliza Fábio Nunes, sócio e diretor de operações da companhia. De acordo com ele, no ano passado, a Navita tinha uma percepção de que a adoção partia de empresas mais inovadoras, mas hoje o quadro mudou. “É uma necessidade de um mercado cada vez mais dinâmico. Todos querem fazer parte dessa era para tomar ações mais rapidamente”, diz.

Quem também investe em parcerias é a Teradata. “Temos cerca de 450 parceiros de software, que se integram de maneira nativa à nossa base de dados”, diz Américo de Paula, diretor de consultoria de Indústria para a América Latina da Teradata. “Como não temos solução de exploração de dados, desde o princípio nos esmeramos em criar alianças para ter compatibilidade com o mercado e proporcionar o melhor dos mundos seja na carga de informações quanto na exploração”, completa.

Na Teradata, o foco, diz Américo, estão em duas linhas. O BI pervasivo, que visa levar inteligência de ponta a ponta, não só para executivos do alto escalão. “BI já não é somente ferramenta de apoio, deve estar na linha de frente também”, aposta. Mobilidade é outra área de atenção que o BI terá daqui para frente. “As tomadas de decisão precisam ser realizadas em tempo real.”

Outra forte aposta da companhia é a Big Data [gestão de grandes volumes de dados] que tem desafiado a indústria de software de Business Intelligence. A Teradata tem investido em aquisições para superá-lo, foram quatro em pouco mais de um ano. A mais recente foi a Aster Data, que auxilia na gestão de dados não estruturados.