O volume de dados não para de crescer. Saber gerenciar essa avalanche e tirar proveito dela são estratégias diferenciadas de negócio. Veja cinco dicas.
Big Data está sendo visto pelos analistas do mercado como uma vantagem estratégica para os negócios no futuro. Agora, é apenas uma questão de tempo para as companhias começarem a pensar em iniciativas para lidar com a grande quantidade de dados.
O fenômeno, apontam os consultores, é diferente de data warehousing. Isso porque, hoje, os dados são gerados com mais velocidade e de diferentes fontes, ao contrário daqueles do passado, a maior é de natureza não estruturada.
Blogs, redes sociais, sensores, máquinas e ferramentas estão gerando localização com base em um universo de dados não estruturados, que quando capturados, gerenciados e analisados rapidamente, podem ajudar as companhias a descobrir eventos e padrões que não seriam capaz de reconhecer antes.
"Coletamos dados há muito tempo, mas eles eram muito limitados e as organizações não sabiam como lidar com eles", afirma Paul Gustafson, diretor de programas de tecnologia de vanguarda da Computer Sciences Corp. Segundo ele, os dados eram coletados e modelados de acordo com a estratégia da empresa. Agora, o mantra é coletá-los e conectá-los.
Veja a seguir cinco importantes ações para que os gerentes de tecnologia da informação construam a base para o Big Data.
1. Faça um balanço dos dados
Quase todas as organizações têm a possibilidade de acesso a um fluxo equilibrado de dados não estruturados, sejam eles dirigidos às redes sociais ou gerados a partir de sensores que monitoram os andares de uma fábrica, por exemplo. Mas produzir uma enxurrada de informação não significa que é imperativo salvar e manusear cada byte gerado.
"Com a corrida inicial em torno de Big Data, as pessoas estão sentindo uma necessidade artificial de compreender todos os dados fora de blogs ou sensores", observa Neil Raden, analista do instituto de pesquisas Constallation Research. Parte dessa ansiedade vem de fabricantes e consultores que buscam promover a próxima onda da computação empresarial. "Existe essa tendência que vem de pessoas que estão comercializando a tecnologia", afirma Raden.
Os gerentes de TI mais antenados vão resistir a essa vontade e observar de que forma os dados podem ser úteis para a organização e ainda mapear quais não são. Um primeiro passo é fazer um inventário do dados criados internamente e determinar quais as fontes externas. Dessa forma, é possível preencher lacunas no conhecimento para adicionar valor aos negócios, afirma Raden.
Depois disso, o departamento de TI deve continuar com projetos focados, em vez de optar por aqueles que são muito ambiciosos. "Você tem de gastar alguns milhões de dólares para iniciar um projeto para ver se vale a pena", aconselha Raden.
2. Deixe que prevaleçam as necessidades dos negócios
Você já deve ter lido ou ouvido antes, mas o alinhamento da TI com os negócios é fundamental para uma iniciativa tão ampla e variada como Big Data, dizem os analistas. Muitas das oportunidades de Big Data começaram em áreas fora da TI: os departamentos de marketing são exemplo. Eles têm buscado no fenômeno uma forma de obter mais conhecimento sobre as necessidades dos clientes e identificar tendências de compras por meio das redes sociais.
Se por um lado os especialistas em disciplinas específicas dos negócios reconhecem as oportunidades para fazer dinheiro, é de responsabilidade da TI assumir o controle dos conceitos de "partilha de dados" e "data federation" que fazem parte da estratégia de Big Data.
"Isso não é algo que o departamento de TI pode fazer sozinho", comenta Dave Patton, principal analista da Indústria de Gestão da Informação da PricewaterhouseCoopers. "Caso contrário, será difícil obter o sucesso da iniciativa se ela não estiver alinhada aos objetivos de negócios”, completa.
3. Reavalie a infraestrutura
De acordo com Beyer e outros especialistas, Big Data exige grandes mudanças na infraestrutura de servidores e armazenamento na maioria das empresas. Para os analistas do mercado, os gestores de TI precisam estar preparados para expandir seus sistemas para lidar com informações em expansão, sejam elas estruturadas ou não estruturadas.
"Hoje, a maioria das empresas tem sistemas distintos e opera em silos”, diz Anjul Bharmbhri, vice-presidente para produtos Big Data da IBM. Ele acrescenta ainda que os CIOs realmente precisam ter uma estratégia para atender a diferentes sistemas e departamentos, pois é vital para obter as respostas corretas.
4. Estruture os dados
Ferramentas de código aberto para lidar com Big Data estão recebendo mais atenção, como Hadoop, MapReduce e NoSQL e já começam a ser usadas por grandes companhias como Google e Facebook. Muitas dessas tecnologias ainda são imaturas e exigem habilidades específicas do pessoal de TI.
Outras plataformas importantes para o mundo do Big Data incluem analytics, analytics in memory e data warehouse. Os gerentes de TI e as equipes precisam entender a essas novas ferramentas para garantir que estarão aptos para tomar as melhores decisões sobre Big Data.
5. Prepare sua equipe
A consultoria McKinsey projeta que em 2018, somente nos Estados Unidos, o mercado vai demandar de 140 mil a 190 mil especialistas em métodos estatísticos e análise de dados. A busca por cientistas de dados estará em alta.
Os números da consultoria mostram a necessidade por gerentes que conhecem e têm formação em análise preditiva e estatística. Os líderes de TI têm de estabelecer algumas mudanças para vencer esse novo mundo.
Enquanto os melhores líderes de TI do passado foram, em parte e parcialmente, engenheiros de infraestrutura, os gerentes de TI do futuro serão uma combinação de cientistas de dados e engenheiros de processos de negócios, aponta o instituto de pesquisas Gartner.
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