quinta-feira, 10 de novembro de 2011

Ferrovias mais Inteligentes

Recursos embutidos de inteligência, análise de dados e otimização estão reestruturando o mais antigo sistema do setor de transportes.


Um novo centro de inovação abre suas portas:o Centro Global de Inovação Ferroviária da IBM pretende ser um fórum onde os líderes ferroviários de todo o mundo possam colaborar na discussão dos desafios que as ferrovias enfrentam e na criação de soluções, padrões para o setor, pesquisas e liderança na busca por ferrovias mais inteligentes.
A IBM inaugurou um novo Centro Global de Inovação Ferroviária que vai juntar os principais líderes do setor em todo o mundo, pesquisadores e universidades para propor a próxima geração de sistemas ferroviários. Ferrovias mais inteligentes são uma parte integral de um planeta mais inteligente, e este vídeo ajuda a explicar como isso pode ser feito.



Construindo um sistema ferroviário mais inteligente 

Você se lembra de que na escola os problemas de matemática e física muitas vezes usavam os trens como exemplos? Isso é porque as ferrovias sempre foram grandes geradoras de dados. E hoje, com a RFID e outras tecnologias, elas geram mais dados ainda. A IBM pode usar esses dados para tornar as ferrovias mais eficientes, seguras, rápidas, limpas e lucrativas. Em uma palavra: mais inteligentes.

Colocando transporte mais inteligente na linha expressa

Em algumas regiões do mundo, os setores público e privado reconhecem a necessidade de uma melhor infraestrutura de transportes. E, cada vez mais, veem o potencial que ferrovias mais inteligentes têm para atender a essa necessidade. Mas, como chegar lá?
Devido aos caprichos da história, da geografia, da economia e da política, alguns continentes (como a Europa) já foram muito mais longe na otimização de sua infraestrutura de transporte de passageiros por trens, enquanto outros (especialmente a América do Norte) estão na dianteira quanto ao uso de trens para o transporte de cargas. Cada um pode aprender alguma coisa com o outro. Chegamos a um ponto na história no qual os avanços tecnológicos permitem atender às demandas sociais, ambientais e financeiras por um sistema de transportes mais eficiente e mais inteligente. Uma infraestrutura de transportes instrumentada, interconectada e inteligente – e, particularmente, com ferrovias mais inteligentes – poderá fortalecer a economia, reduzir as emissões de gases estufa, tornar as rodovias mais seguras e reduzir o congestionamento nas estradas. Em outras palavras, um planeta mais inteligente precisa de ferrovias mais inteligentes.
A ferrovia mais inteligente: uma oportunidade para o setor ferroviário
Em 2009, o setor ferroviário global vai ter que se esforçar para atender à crescente demanda por transporte de cargas e passageiros. Embora seja natural que as empresas se protejam em épocas de dificuldades econômicas, isso é, na verdade, o oposto daquilo que os executivos ferroviários deveriam fazer nos dias de hoje. Este relatório explica por que esta é a hora de investir na criação de inovações reais em um setor que precisa se lançar à frente para atender às necessidades do século 21.
As ferrovias sempre fizeram parte de um sistema mais amplo – no início do século 20, as ferrovias até mesmo ajudaram a pavimentar as rodovias que conectavam às ferrovias as fazendas, os comerciantes de commodities e outros viajantes. No século 21, as empresas ferroviárias continuam a colaborar, estendendo as suas redes através de uma ampla gama de infraestruturas de transporte, incluindo agências de viagens, fornecedores, provedores de serviços de logística, transportadores intermodais, agências regulatórias e clientes.
Transportes mais inteligentes 

A pesquisadora Laura Wynter, da IBM, discorre sobre como a IBM está trabalhando para construir ferrovias mais inteligentes em alguns dos sistemas de trânsito mais complexos que existem no mundo, estabelecendo parcerias com a rede ferroviária da Holanda, a linha de alta velocidade de Taiwan e o metrô de Guangzhou, na China, para melhorar o transporte de milhões de passageiros a cada dia.

As ferrovias precisam se tornar ainda mais instrumentadas. Hoje, dispositivos de linha monitoram assinaturas acústicas e temperatura das rodas na maioria das ferrovias americanas e em algumas na Europa. Etiquetas de RFID, lidas por infraestruturas fixas ao lado da linha, ajudam a identificar os vagões, enquanto redes wireless e sistemas de vídeo monitoram ativos nas estações. Mas novos modelos e práticas de negócio estão entrando em uso. Passageiros podem vir a ser cobrados com base no uso real. A manutenção pode ser iniciada com base em predições acuradas das necessidades, em vez de em programas regulares. E sistemas avançados de câmeras de vídeo podem proporcionar maior segurança para passageiros, material rodante e cargas.
Redes ferroviárias são um dos exemplos mais antigos de sistemas interconectados, mas hoje existem enormes oportunidades de melhoria. Bloqueios programados podem gerar uma maior utilização dos ativos e da capacidade de transporte tanto de cargas quanto de passageiros. Redes mais amplas de linhas de alta velocidade para passageiros – com sistemas integrados de horários, emissão de bilhetes e serviços – estão sendo desenvolvidas na Europa e na China, apesar de os fabricantes de sistemas ferroviários europeus e canadenses estarem olhando, além de seus já mais maduros mercados, para ambiciosos projetos ferroviários no Qatar, Kuait, Arábia Saudita e nos Emirados Árabes Unidos
Colocar todos esses dados e processos em funcionamento vai exigir uma infraestrutura de transportes incomensuravelmente mais inteligente. As vantagens, no entanto, fazem da ferrovia a opção de transporte do futuro. Sistemas móveis de monitoramento vão dar mais inteligência às ferrovias através da captura contínua, em tempo real, e da análise de dados críticos, tais como a saúde do material rodante, bem como de dados operacionais, desde a verificação de manifestos até as condições da carga e a detecção de intrusos. Sensores nos vagões vão enviar mensagens com base em modelos decisórios e análise de dados. Rotinas autonômicas vão, então, distribuir as informações da maneira mais apropriada, despachando serviços, encomendando peças, programando manutenções e fazendo diagnósticos remotos. No futuro, essas tecnologias móveis poderão reduzir a necessidade de infraestruturas fixas ao longo da linha, dando às ferrovias a flexibilidade e capacidade de resposta de que elas precisam para tomar decisões relacionadas à escala das tripulações, à adição ou retirada de vagões e à integração do transporte de passageiros e cargas de forma mais harmoniosa, com muito menos atrasos.
Tudo isso não vai acontecer sem investimentos e sem o estabelecimento de prioridades claras. Mas, ferrovias mais inteligentes podem criar, para as companhias ferroviárias, grandes vantagens competitivas no sistema da infraestrutura de transportes. Ferrovias mais inteligentes podem reduzir os custos associados à incorporação de novas linhas e material rodante, mesmo quando tenham que aumentar os seus serviços, em um ambiente de capacidades limitadas. E, ao assumir o transporte de mais carga e mais passageiros, as ferrovias mais inteligentes podem reduzir os congestionamentos e aumentar a segurança nas rodovias – o que vai reduzir também as emissões de carbono.
No século 19, as ferrovias forneceram transporte para a Revolução Industrial. Agora, prontas para se tornar mais instrumentadas, mais interconectadas e mais inteligentes, elas terão um papel importante a cumprir na construção de um planeta mais inteligente.









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